quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Herança Alviverde

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Dia 27 de setembro. Aniversário de meu pai, aquele quem me deu toda a bagagem de Palmeiras que venho levando ao longo dos meus poucos 18 anos de vida. Foi com ele que aprendi a maior parte do que sei da história do Alviverde através de relatos vivenciados por ele ou alguns até mesmo meio inventados para que a emoção de se ouvir fosse maior. Inventados para que eu, de certa forma, pudesse sentir o que ele sentia. Não foi difícil para o meu pai passar a herança Verde para mim e meus irmãos, porque ele viu o Palmeiras mais vitorioso de todos os tempos, viu a Academia, a Era Parmalat. Ele conseguiu transmitir o amor que hoje sentimos de forma inigualável.
Hoje eu carrego comigo as lembranças de algo que não vivi, não senti e muito menos presenciei. Porém, tenho a mesma missão que meu pai: espalhar esse amor. Meu irmão mais velho tem dois filhos de 6 e 4 anos, respectivamente. O mais velho, Henrique, já sabe muita coisa de Palmeiras e vejo nele aquela áurea verde. Uma vez, o irmão mais novo afirmou ser corinthiano (SIM, UM ABSURDO) e isso o deixou tão frustrado que acertou um belo de um tapa no pequeno. O Henrique já está bem encaminhado, acredito. Já o mais novo, Murilo, é mais complicado. O baixinho tem um gênio forte (é de família) e não quer nem saber de Palmeiras. Ele diz torce para o Brasil. Convencer ele a gostar de alguma coisa é um desafio dos grandes e estava sendo tão difícil que passei a não tocar mais no assunto, até que, um dia depois do aniversário de meu pai, eu fui até a casa de meu irmão buscar os dois meninos.
Nesse dia eu estava usando a minha camisa do Palmeiras, aquela com o "P" ao invés do real escudo do clube. Quando o Murilo viu minha camisa, perguntou, inocente: "por que tem um P?" e eu respondi que era o P de Palmeiras. Ele ficou calado e me olhando por uns segundos, depois falou euforicamente: "então você é o Palmeiras!!!". Isso realmente mexeu comigo. Por mais inocente que tenha sido, acredito que foi o primeiro passo para que ele, como filho, sobrinho e neto de palmeirenses assíduos e apaixonados, também mergulhe nesse mar verde repleto de tesouros.
Os pequenos precisam enxergar a grandeza e a essência de ser palmeirense e é nossa a missão de abrir os olhinhos deles para isso e de transmitir a paixão pela camisa, pela Sociedade Esportiva Palmeiras e pela história Alviverde para as futuras gerações que hão de ser parmeras por tudo que é mais sagrado nesse mundo. Amém?


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2 comentários:

  1. bela história! me tornei Palmeirense depois de ganhar uma camisa do meu pai (flamenguista) com um periquito e um porco, e o simbolo do Palmeiras no meio deles. Mesmo depois vendo o verdão perder a final do paulista de 92 para o SPFC, tinha a certeza de que akele era o clube do meu coração. O Murilo já tem uma camisa?

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    1. Obrigada, Daniel! Cada um tem o seu dia da certeza palmeirense. Logo conto quando foi o meu hahaha o Murilo já tem duas e a titia coruja já está providenciando a terceira!

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