10 bagres que poderiam voltar para o Palmeiras

Nessa fase de ter um time com 11 bagres em todo jogo, fica difícil não querer que alguns antigos jogadores ruins, mas nem tanto como os atuais, voltassem a jogar no Palmeiras. Pensando nisso, preparei aqui uma lista de 10 nomes que considero os melhores entre os piores que passaram pelo clube nos últimos 10 anos.

1 – Robert (2009-2010)

Foto: Reprodução

Chegou durante o Brasileirão de 2009 quando o Palmeiras liderava com folga a competição. Coincidência ou não, após sua chegada, o time caiu muito de rendimento e acabou ficando fora até da Libertadores. Mas apesar disso, Robert sempre fez seus golzinhos (principalmente nas derrotas).  No Paulistão de 2010 destruiu em dois clássicos. Um deles naquele épico 4x3 contra o Santos na Vila Belmiro, com três gols (e música no Fantástico). Outro foi contra o São Paulo em que fez dois. Porém, não se engane,esse homem adorava perder um gol feito. Mesmo com algumas alegrias, fez o torcedor passar muita raiva. Foi dispensado do clube após uma briga com Antônio Carlos Zago, o treinador na época. Em toda sua passagem pelo Palmeiras foram 41 jogos, e 19 gols. Hoje joga a Série C pelo Fortaleza e é um dos artilheiros do Brasil na temporada. Teria lugar cativo no atual elenco do Verdão.

2 – Marcinho (2005-2006)

Foto: Reprodução

Marcinho “Bolacha” teve muitos bons momentos no Palmeiras, tanto que em 2005 era o cara do time. Pedido de muitos torcedores. Veio do São Caetano e correspondeu muito bem.  Foi o artilheiro do Palmeiras naquele ano com 17 gols e ajudou o time a ir pra Libertadores. Era um craque na Era Pirelli (bom e barato). Só que um time que tinha no ataque Alex Afonso, Adriano Chuva, Warley ,Gioino... Não era muito difícil se destacar. Era o tipo de jogador que resolvia, quase sempre, os jogos pequenos e sumia nos grandes. Em 2006 não manteve o mesmo nível de atuações, junto com o time que fez péssima campanha no Brasileiro, brigando pra não cair. Na sua passagem fez 88 jogos, e marcou 29 gols. Foi campeão Paulista de 2014 com o Ituano. Seria titular com um pé nas costas no time de hoje. 

3 – Marcinho Guerreiro (2003-2006)

Foto: Reprodução

Ganhou o apelido de “Guerreiro” no nome devido à chegada do seu xará, que acabou de ser citado. Fez parte do time que jogou a Série B de 2003. Idolatrado por alguns e cornetado pela maioria, Marcinho nunca foi uma unanimidade no Palestra. Tinha raça, mas marcava mal, era estabanado e errava passes com facilidade. Quem deve ter boas lembranças de Marcinho Guerreiro é Alexandre Pato (sim, ele mesmo), que em 2006 teve a sorte de estrear como profissional enfrentando o Palmeiras, e tendo o “Guerreiro” como marcador. O resultado disso pode ser visto no vídeo abaixo: um desastre. Gols? Foram quatro, em emocionantes 176 jogos.  Após isso, passou por dezenas de clubes e atualmente está no Santo André. Pra quem tem Eguren e Josimar, Marcinho Guerreiro não é de todo mal.

4 – Osmar (2004-2008)

Foto: Reprodução

Osmar “Cambalhota”chegou ao Palmeiras em 2004 depois de ser campeão da Copa do Brasil com o Santo André (que aliás, eliminou o Palmeiras em pleno Palestra Itália). Sua missão era substituir Vágner Love. Discreto, Osmar não gerou nenhuma empolgação por parte da torcida, mas logo com alguns gols e uma seqüência de vitórias do time, o atacante "feijão com arroz" virou o dono da camisa 9. Era limitado, mas folclórico, muito devido as piruetas que dava na comemoração dos gols, o que levou ao apelido de “Osmar Cambalhota” e “Osmar Daiane”, em referência a famosa ginasta. Mas nas temporadas seguintes vieram várias lesões e o jogador perdeu espaço, tanto que foi emprestado. Retornou em 2007, e em um derby contra o Corinthians, saiu do banco pra fazer um gol (quase sem querer). No Palmeiras foram 66 jogos, e 30 gols. Atualmente, com 34 anos, não se sabe onde está jogando. Ainda sim, poderia dar umas cambalhotas por aqui.

 

5 – Baiano (2003-2006)

Foto: Diário de São Paulo

Só mais um lateral-direito que não sabia cruzar, também um dos felizardos daquele time campeão da Série B em 2003. Baiano é lembrado pelas faltas que cobrava. A maioria com muita força, e nenhuma precisão. Em 2005, foi negociado com Boca Juniors, porém, na Argentina foi vítima de racismo e voltou ao Palmeiras. No Verdão foram 92 jogos, e 10 gols. Desde 2012 atua pelo Brasiliense, disputando a Série D.Baiano deixa saudades quando se vê Wendel e Weldinho brigando pela posição de titular no Palmeiras

 

6 – Lúcio (2003-2006)

Foto: Reprodução

Com certeza o lateral mais perseguido e odiado pela famosa “Turma do Amendoim”, Lúcio era chamado de “o Maldini do Sertão", “vagabundo” e “o pior do mundo”. Jorge Kajuru (tinha que ser) em uma entrevista, disse que Lúcio era o quarto melhor lateral do mundo, atrás apenas de Roberto Carlos, Júnior e Serginho, e o mesmo concordou de forma serena pois vivia ótima fase. A fase ruim chegou, logo a torcida não perdoou e lançou o inesquecível coro “Lúcio vagabundo, é o pior lateral do mundo”. Mesmo com tanto ódio, não era o pior do mundo. Destacou-se na Série B de 2003, mas não manteve o nível na Série A. Era bom no apoio, mas na defesa era sofrível, uma verdadeira avenida. Em 2006 foi emprestado ao São Paulo, e um ano depois foi vice-campeão da Libertadores com o Grêmio, jogando muito aliás. No Palmeiras fez 155 jogos e marcou oito gols. Juninho não chega aos seus pés.

7 – Washington (2005-2006)

Foto: Marcelo Ferrelli/ Gazeta Press

Washington “Orelha”, simplesmente fraco. Não corria, não driblava, não saia da área. Só tinha uma qualidade: A bola aérea. Fazia muitos gols de cabeça, e foi apelidado de “Dumbo” (em referência às orelhas). Um típico atacante da Era Bom e Barato, foi nosso centroavante em duas Libertadores. Jogou 66 jogos e marcou 25 gols. Disputou o Campeonato Carioca de 2014 pelo Audax. Seria camisa 9 no time de hoje sem maiores dificuldades. 

8 – Alceu (2002-2006)

Um dos piores jogadores que já saiu da base do Palmeiras. Um dos mais brutos volantes que o clube já teve. Com esse bagre, ou era a bola ou era a canela (quase sempre a canela), não tinha meio-termo. Típico volante brucutu. Gostava de entregar o “ouro” na frente da área. Chutava forte, é verdade, mas só.  Raramente fazia gol, foram apenas seis em 123 violentas partidas. Ás vezes nem parecia estar lúcido em campo, era bizarro. Já teve a audácia de vestir a camisa 10 do Palmeiras (absurdo!), uma ofensa a história do clube. Mas acredite, havia quem gostava. Estava sempre ALCEU DISPOR pra distribuir pancadas. Um episódio marcante foi na Libertadores de 2005, quando Alceu deu uma cuspida no zagueiro Lugano, do São Paulo, e antes disso também se envolveu em uma pancadaria na mesma Libertadores, contra o Cerro Porteño (vídeo). Destruiu canelas no Japão e Grécia, e defendeu clubes de menor expressão como Náutico, Remo, e Marília. Hoje aos 30 anos, está sem clube, mas tem muita lenha pra queimar. Pra um time que já teve como lema “sangue na veia”, Alceu acrescentaria o “sangue no campo”.

9 – Sandro Silva (2008-2009)

Foto: Reprodução

Chegou em 2008, com indicação de Luxemburgo após o Paulistão daquele ano, onde se destacou pelo Mirassol (esse clube maldito). Era rápido, e habilidoso, mas não tinha muita qualidade nos passes e força na marcação. A única coisa que animava ao vê-lo em campo era o tradicional chapéu que dava com a bola no chão, quando ficava de frente pro adversário. Um atrativo, mesmo em jogos chatos. No Palmeiras foram 64 jogos , e dois gols (contra Flamengo e Vitória, ambos no Palestra Itália). Atualmente disputa a Série B pelo Boa Esporte. Tem capacidade de sobra pra jogar no time de hoje.

10 – Diego Souza (2002-2005)

Foto: Reprodução

Diego Souza “Bunda de Urso”, mais uma cria da base do Palmeiras que ajudou o time a subir em 2003. Mas veio a Série A, e o rendimento não foi o mesmo. Foi muito criticado após engordar e consequentemente perder agilidade e velocidade, quase não corria mais em campo, e foi aí que a torcida lhe deu o genial apelido de “bunda de urso”. Em 2005 ficou irritado com o então técnico Estevam Soares, ao sair do banco de reservas e ser substituído oito minutos depois, foi para o vestiário xingando o treinador. Semanas depois Estevam foi demitido, e Diego Souza vendido ao futebol japonês, onde está até hoje. No Palmeiras foram 79 jogos e 13 gols. Poderia ser um reserva perfeito do Valdivia (ou seja, titular).

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Sobre o autor: As palavras e ideias colocadas no texto são de responsabilidade do autor Matheus Barbosa, e não necessariamente representam as ideias do blog. Twitter

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