segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Sociedade Argentina Palmeiras

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Tudo começou no dia 21 de maio, quando o Palmeiras, após a saída de Gilson Kleina, anunciou a contratação do seu novo técnico. Até aí tudo bem, se o técnico em questão não fosse um estrangeiro. Um argentino chamado Ricardo Gareca, este, desconhecido para a maioria dos palmeirenses, mas também visto com bons olhos. Depois de 40 anos o Palmeiras volta a ter um técnico de outro país. Logo na chegada ao Brasil o “El Tigre”, como foi apelidado na Argentina, chamou a atenção pelo estilo e a elegância, mas para os palmeirenses isso era o de menos. 

Foto: Reprodução
Gareca trouxe consigo o preparador físico Nestor Bonillo, também argentino, e o auxiliar técnico uruguaio Sérgio Santin. Além da comissão técnica, o treinador viu a necessidade de trazer jogadores que pudessem se adaptar mais rápido à sua filosofia de trabalho e tratou logo de indicar nomes para Paulo Nobre e Brunoro. Não demorou muito para mais gringos chegaremao Palestra. Ao todo foram quatro novos atletas Hermanos: o zagueiro Fernando Tobio, o meia Agustín Allione e os atacantes Mouche e Cristaldo. Todos eles se juntaram aos uruguaios Victorino e Eguren, o paraguaio Mendieta, e o chileno Valdivia, que aqui já estavam antes da vinda de Gareca.


No passado grandioso do Palmeiras e na sua história centenária, são várias as passagens por nomes estrangeiros. Arce, Echevarrieta, Ríncon, Barcos, Muñoz são alguns que, de uma forma ou outra, ficaram marcados na história do clube. Mas nunca se falou tanto castelhano na academia de futebol, como agora. São 11 estrangeiros no clube. Do torcedor, há sempre aquela espera de raça ao ver um jogador de outro país entrar em campo com a camisa da Sociedade Esportiva Palmeiras e, quando ela é demonstrada, o jogador ganha a admiração e o respeito das arquibancadas.

Foto: Reprodução
O diferencial de ter um técnico estrangeiro é a tentativa de inovar, sair da mesmice, sair daquele rodízio de técnicos que circula no futebol brasileiro. Uma aposta totalmente válida. Em relação aos jogadores, é o mesmo modelo de filosofia. Economicamente falando, atletas sul-americanos são mais viáveis que os brasileiros. Eles são contratados com pedidas salariais bem mais baixas e com potencial de valorização enorme pra venda.  Chegam à Seleção de seu país com muito mais facilidade que um brasileiro teria atuando no Brasil, o que ajuda muito se valorizarem. Os benefícios são enormes, e isso tudo deve ser posto na balança.


Com tudo isso, o Palmeiras acertou em trazer Gareca e os demais gringos. O clube precisava dessa renovação, alguém com outra visão, que traga outra perspectiva. Ainda é cedo para dizer se vai dar certo ou não, mas um trabalho como esse tem que ser feito aos poucos. Os resultados não virão da noite pro dia, é preciso ter paciência, mesmo que isso seja angustiante. No Palmeiras nada nunca foi fácil (não que eu me lembre), e nem será agora. O clube já teve a Era das Academias nos anos 60 e 70, e a Era Parmalat na década de 90, agora começa a surgir uma legião estrangeira. Uma sociedade argentina, no Palmeiras. Que essa nova geração do Alviverde honre as cores da camisa e o escudo que estão vestindo, pois uma história como a do Palmeiras merece ser valorizada.

Sobre o autor: As palavras e ideias colocadas no texto são de responsabilidade do autor Matheus Barbosa, e não necessariamente representam as ideias do blog. Twitter

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